A casa nasceu dentro de um velho lagar com o desejo de acolher uma pequena família em férias.

O edifício tem dois compartimentos autónomos: o lagar e o anexo. Deixamos o anexo ser anexo. No lagar, com 60 m2 são distribuídas as diversas funções da habitação em dois níveis. À cota baixa, a da entrada pela rua, um armário em pau-setim faz toda a parede da fachada nascente e esconde a cozinha e instalações sanitárias, da sala. Um enorme vão envidraçado permitirá usufruir o novo pátio exterior a sul, escavado na propriedade rural.

À cota alta, a do nível da pia do lagar, através de uma pequena escada, acede-se aos dois quartos, divididos por uma casa-de-banho com paredes de vidro temperado leitoso. A imagem da pia do lagar será preservada com a montagem do pavimento, em soalho de takula, sobre uma estrutura de vigas de ferro. Nos quartos o reboco estanhado faz de cabeceira às camas. Na casa de banho, uma banheira em pedra de lousa, evoca a pia do lagar, ocupando o seu lugar.

a caixa que define a casa de banho da cota alta funciona como um grande candeeiro, ao mesmo tempo que assegura a separação entre camas; encostada à parede que desenha as cabeceiras e sem tecto, definimos o espaço de banho com apenas três planos: dois, paralelos em vidro translúcido; outro, perpendicular aos anteriores, em madeira, faz a porta

detalhe do armário