Foi hoje tornado público o projecto de habitação colectiva “Douro à Vista”. O promotor, AC Fimo, escolheu o III Salão Imobiliário e de Turismo Residencial do Porto (Imobitur 2007) para iniciar a divulgação do empreendimento.

Em fase de inicio de construção e localizado na zona de intervenção do MasterPlan Cidade de Gaia, o conjunto desfruta de uma excelente localização com belas vistas sobre o Porto:

“Neste Porto de Vista há uma nova forma de olhar a cidade e de saber viver o melhor que a cidade tem para oferecer. É viver à primeira vista com vontades de ver mais longe, num cenário que predispõe ao sonho e ao requinte, entre rasgos de euforia arquitectónica, paixão estilística, onde um arrebatador conforto incita a chama da serenidade” pode ler-se na brochura (zaintrêsdesign) de apresentação do imóvel.

O terreno, junto às antigas Caves Osborne, na encosta do Rio Douro, tem uma elevada pendente, formando um natural anfiteatro com excelentes vistas sobre o centro histórico de Gaia e Porto. Com excepção das caves e do antigo tribunal de Gaia, o terreno ocupa um quarteirão delimitado pelas ruas Cândido dos Reis a nascente, a sul pela rua Conselheiro Veloso da Cruz, a poente pela rua do Choupelo e a norte pela rua das Cabaças. Toda a proposta nos remete para a imagem da sua própria situação geográfica e das raízes ancestrais do lugar: a cultura do vinho, as encostas do Douro cheias de vinhas e de muros artificiais para vencer os seus desníveis.

O projecto recupera um modelo tipológico racional, com uma clara separação das funções do habitar. Cada tipologia foi desenvolvida a partir de um módulo estrutural e de uma lógica comum. Existem, no entanto, variações dentro das tipologias, que passam essencialmente pela utilização ou não de certos elementos. Assim, partindo da mesma base, pode haver uma variação numa tipologia consoante a inclusão de um pequeno pátio ajardinado de pé-direito  duplo ou, na sua ausência, de um aumento da área da sala de estar ou, noutros casos, na inclusão de um escritório.

Desenvolvido nos últimos dois anos, este é um trabalho que contou com a colaboração de José Miguel Figueiredo, Bruno Vieira, Raquel Ramalheira e Pedro Jordão. As especialidades estão a cargo dos gabinetes Torção-E e OHM-E que têm regularmente colaborado com a Lousinha Arquitectos.